ESPECIAL: Revolução dos Cravos

revolucao_dos_cravos_soldado_250409Às 22h 55m foi transmitida a canção E depois do Adeus, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, como  um dos sinais previamente combinados pelos revolucionários com o propósito de desencadear as ações populares e militares que dariam fim ao governo salazarista. O sinal derradeiro foi transmitido às 0h20 m, quando a canção Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso, que estava proibida pela censura, foi transmitida pela Rádio Renascença, confirmando o golpe e marcando o início das operações.  A população, com apoio de segmentos de vanguarda das forças armadas, fez com que o presidente Marcelo Caetano fosse deposto.  A presidência de Portugal foi assumida pelo general António de Spínola. O povo saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura de 48 anos, e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento, dando origem ao nome “Revolução dos Cravos”. Como resultado, vários partidos políticos, inclusive o Comunista, foram legalizados.   O novo regime colocou Portugal em agitação revolucionária pois o povo clamava por reforma agrária, desenvolvimento social e o fim da política colonialista. Spínola fracassa em sua tentativa de controlar a força política e militar da esquerda e renuncia em setembro de 1974. O governo passa então a ser dominado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), fortemente influenciado pelo Partido Comunista. Nesse meio tempo, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau obtiveram independência.

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REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

Créditos: Produção de Andrey Raychtock; Julia Quinan e Paulo Batistella. Coordenação Geral: Gabriel Collares

Lidia Santos, sem um pé em Nova Iorque

ÍndiceA autora dos “Diários da Patinete: Sem um pé em Nova Iorque” tem recebido excelentes críticas do livro recém lançado. Na obra em questão ela demonstra como os americanos também fazem comédia sobre si mesmos e procura explicar a mais cosmopolita cidade do mundo aos não-americanos”. Conheça a trajetória acadêmica e literária de Lidia nessa entrevista exclusiva concedida a Victor Terra.
LIDIA SANTOS

ÍndiceConfira aqui um dos trechos da obra: “No final dos “Diários da Patinete. Sem um Pé em Nova York” menciono a pista para caminhadas na margem do rio Hudson que os novaiorquinos ganharam com a revitalização da área da High Line, a linha elevada de trens cargueiros que escoava mercadorias até os navios do porto de Nova Iorque, ambos há muito tempo desativados. Essa foto, do antropólogo Ben Orlove, mostra a visão da pista no sentido da ilha de Manhattan, com destaque para o Empire State Building, cuja história está detalhada num dos “suplementos” incluídos no final do livro”.