Fim do Google.cn

googlechinaNo último dia 22 de março a Google anunciou o fim da versão chinesa do portal. Em comunicado em seu blog oficial a empresa afirmou que não cederá mais às pressões do governo chinês e não se sujeitará mais à censura no seu mecanismo de busca, nem nos serviços de notícias e imagens.  A partir desta data quem acessa google.cn é redirecionado para o Google de Hong Kong, que não sofre censura alguma.

A crise entre a empresa norte-americana e o governo Chinês se iniciou em dezembro de 2009. Além das tentativas de censura a Google teve seus servidores invadidos por hackers chineses. A empresa afirma que, em investigação, foi constatado que os ataques teriam partido do governo.

//texto// China censura o Google

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O governo chinês desabilitou algumas funções da versão em mandarim do site de buscas do Google, por conta de caminhos para conteúdos pornográficos e vulgares. O problema está ligado à ferramenta Google Suggest, que sugere conteúdo de acordo com as buscas feitas pelo internauta. O Centro de Relatórios de Informações Ilegais da Internet da China criticou o Google. O site já havia sido alertado em janeiro e abril. Segundo a agência oficial Xinhua, a versão em inglês do site, mesmo na China, não foi modificada. Outras agências estatais afirmaram que a busca por sites internacionais pelo Google chinês também seria desabilitada. O Google liberou um comunicado em que alega estar fazer grandes esforços para “limpar” seu site chinês. Apesar do site dominar o mercado de buscas online nos EUA e em diversos outros países, o Google luta na China contra a supremacia do Baidu, a ferramenta mais popular no país. Recentes esforços do governo chinês de limitar o acesso à web geraram reações fortes entre os internautas. O maior protesto surgiu depois que o governo anunciou um plano de obrigar fabricantes de computadores a incluir um software de censura à internet em todas as máquinas produzidas a partir de 1º de julho. Críticos disseram que o dispositivo poderia ser usado para censurar sites políticos, apesar do governo afirmar que serviria apenas para bloquear conteúdo pornográfico. Especialistas afirmam ainda que o programa pode tornar os computadores mais vulneráveis a ataques de hackers.