UFRJ lança ônibus movido a hidrogênio

UFRJ sinônimo de excelência

O ônibus começará, em junho, a transportar alunos, funcionários e professores pela cidade universitária, Fundão. A Petrobrás, parceiro no projeto, vai instalar um posto de abastecimento no local, com cilindros que armazenam hidrogênio gasoso. A Coppe negocia com a Fetranspor, prefeitura e governo estadual a construção de pequenas frotas. Estima-se que uma das linhas licitadas seria para fazer a integração dos aeroportos Santos-Dumont e Antônio Carlos Jobim.

O ônibus com pilha a combustível alimentada com hidrogênio projetado pelo Laboratório de Hidrogênio é um veículo elétrico, portanto silencioso e confortável ao uso pelo passageiro. Uma importante inovação foi feita por utilizar um sistema de tração que faz o manejo inteligente da energia embarcada, de maneira tal que o motor elétrico de tração usa, de forma compartilhada, a energia elétrica gerada na pilha a combustível e aquela armazenada num banco de baterias, onde é estocada a parte da energia gerada pela pilha a combustível que não é utilizada pelo motor de tração, assim como a energia elétrica regenerada da energia cinética do veículo, em processos de frenagem ou de descida.

Com 12m de comprimento – tamanho de um ônibus convencional – o ônibus elétrico tem capacidade para transportar 70 passageiros, sendo 37 pessoas sentadas, com espaço reservado para cadeirante. Dispõe de três portas de acesso, suspensão a ar, piso baixo e rampa de acesso para cadeira de rodas.

Com tecnologia 100% nacional, o ônibus elétrico apresenta vantagens econômicas e ambientais em relação aos ônibus convencionais a diesel, tanto na produção como no uso. A redução de impacto no meio ambiente é muito significativa. Para se ter uma ideia, um ônibus urbano convencional a diesel emite uma quantidade aproximada de 100 toneladas de CO2 por ano. Na região metropolitana do Rio, os ônibus a diesel respondem por 30% das emissões totais de CO2 na atmosfera, com cerca de 16.772 veículos em circulação (dados da Fetranspor). Além do CO2, outros gases geradores do efeito estufa, tais como CH4 e N2O, são lançados na atmosfera. Os veículos emitem ainda outros gases poluentes que afetam à saúde da população como NOx, CO, hidrocarbonetos não queimados, SOx e particulados.

O custo de fabricação do veículo projetado pela Coppe é largamente compensado pelo menor custo de manutenção e de energia consumida. Ressalta-se ainda o benefício financeiro que poderá ser obtido com créditos de carbono, cujo leilão recente no Brasil atingiu valor de R$ 42,00 a tonelada do Carbono, representando uma receita potencial de R$ 70 milhões por ano para toda a frota do estado.

Segundo o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, propor à prefeitura do Rio o uso deste novo veículo, integralmente projetado e fabricado no Brasil, é uma das primeiras iniciativas do recém-criado Instituto Coppe Clima, que contribuirá para que o Brasil possa cumprir as metas levadas à Conferência de Copenhague e aprovadas em lei recentemente sancionada pelo Presidente da República.

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