Juanes, a voz pop da América Latina

Texto de abertura retirado do site oficial do cantor (www.juanes.net): “Juanes goza del reconocimiento de la crítica y de un éxito sin precedentes a nivel global, lo que lo han convertido en el músico hispanoparlante más importante del planeta.

El diario The Los Angeles Times lo nombró “la figura individual más relevante de la década dentro de la música latina”, mientras que la revista Rolling Stones se refirió a él como “una superestrella latinoamericana [y] una de las estrellas de rock más grandes del mundo”.

Extraordinario guitarrista y compositor dotado de intensa expresividad, Juanes es hoy un activista social líder, frecuentemente comparado con artistas como Bono y Bruce Springsteen por su firme creencia en el poder de la música como factor de cambio social.

Nacido en Medellín, Colombia, el 9 de agosto de 1972, Juanes fue atrapado en las redes de la música desde temprana edad, influenciado por sonidos encontrados, desde la música arrabalera y los tangos de Carlos Gardel, hasta Soda Stereo, pasando por Led Zeppelin, Silvio Rodríguez y Jimi Hendrix.”

Salsaboreando

Ivone Lara – os 90 anos da dama do samba

Das vozes aclamadas de Caetano Veloso e Clara Nunes até revelações como Nilze Carvalho, Dona Ivone Lara influenciou e continua a influenciar gerações da música brasileira.

Documentário – roteiro de Lara Monsores; Produção de Amanda Salles e Maria Clara Senra; Locução de Adriano Meirelles e Kalindi D’Elia; Técnica de Som de Sérgio Muniz e Coordenação Geral de Gabriel Collares Barbosa.

Repórter Universitário

Pesquisa Ativa – Exclusiva com Godofredo Neto, candidato a reitor da UFRJ

Acompanhe aqui algumas ideias do professor Godofredo veiculadas pela webradio da Escola de Comunicação em maio de 2010. A coerência e as propostas apresentadas com a chapa já se faziam presentes há um ano atrás, ou seja, longe de oportunismos ou imperativos contingenciais. Abaixo um breve curriculum do professor Godofredo.

O Professor Godofredo de Oliveira Neto da UFRJ contribuiu e continua a contribuir com competência e o comprometimento com a Educação Superior nesse País. Já exerceu cargos administrativos como Pró-Reitor de Graduação, coordenador do setor de Literatura Brasileira, membro do Conselho de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, diretor do departamento de ensino superior do MEC e ex-subsecretário de educação do Estado do Rio de Janeiro. Autor consagrado de vários romances, recebeu a Medalha Euclides da Cunha concedida pela Academia Brasileira de Letras, em 2009. Agora, concorre a reitor da UFRJ, juntamente com a professora Lea Miriam, chapa 20.

 Pesquisa Ativa

Ritmo caliente da salsa porto-riquenha

El Gran Combo de Puerto Rico em Salsaboreando.
Com quase cinco décadas de produção constante de salsa pura e de ótima qualidade El Gran Combo de Puerto Rico apresenta um pouco da extensa e renomada carreira no mundo da musica salsa na America Latina.

Salsaboreando

WebSite: http://www.elgrancombodepuertorico.net/
MySpace: http://www.myspace.com/combodepuertorico

Felipe Cardoso, o “comentarista do momento” da Rádio Globo

Felipe Cardoso – “o Comentarista do Momento’ expressa suas opiniões de forma segura e não tem medo de dizer o que observa. Seu jargão principal é: “isso é uma chatice” quando o assunto não se esgota e fala sobre os jogadores que dão entrevistas enviados por seus empresários e que não têm conteúdo de sustentar um simples comentário sobre a partida. Nesta entrevista, ele fala sobre o ‘momento mágico do Ronaldinho Gaúcho no Flamengo’ que pôde preencher os noticiários, que normalmente à essa altura viveriam apenas de especulações de entrada e saída de jogadores nos times.

Ele se coloca muito firmente sobre o cerceamento que a imprensa sofre pelos empresários dos jogadores e dirigentes dos clubes de futebol.

Vale a pena conferir!

Pesquisa Ativa

De pernas pro ar – A mulher entre a família e o trabalho?

Filipe Macon é formado em comunicação social com habilitação em jornalismo

Mais de dois milhões de espectadores em 15 dias, com uma seqüência já anunciada. A audiência do filme “De pernas pro ar” tem gerado repercussão na mídia, sob a forma de matérias e críticas. Aponta-se para um humor escrachado; rompimento de tabus ao abordar sexualidade; protagonismo de Ingrid Guimarães; influência da produtora Mariza Leão durante a elaboração da comédia brasileira. Pitacos aqui e lá; foco no produtor, na atriz, no tema – “sexo”. Mas de onde partir exatamente para entender o longa, que apresenta um complexo de sex shop aliado à família?

“Bem antes da estréia, fizemos pesquisas com 250 pessoas para testar o nível de aceitação do público ao filme no Rio e em São Paulo. Ali, percebemos que o longa era entendido pelos espectadores como uma história sobre a família. Esse foi um dos motivos para que mudássemos o título. Se ficasse o nome “Sex Delícia”, jamais chegaríamos a um milhão na primeira semana. O conservadorismo no Brasil ainda é grande” (Mariza Leão, produtora)

De pernas pro ar: “pro” contração própria do informalismo; “pernas”, parte baixa, que fixa o corpo; “ar”, alto, libertação

A comédia “De pernas pro ar” acaba por questionar limites do conservadorismo no Brasil, com destaque para família. O sexo é utilizado como instrumento para tal, donde é possível estabelecer um jogo, entre o que é digno de se guardar com carinho (amor) ou algo passageiro (paixão)

“Amor é cristão, sexo é pagão; amor é latifúndio, sexo é invasão” (Rita Lee)

A invencível Alice sofre ao ver o limite

Ingrid Guimarães é Alice. Mãe, com marido e um filho. Porém vive às voltas com o trabalho, em busca de resultados, desgarrada na busca pelas metas. Isso fica claro quando seu chefe a convida no início do filme para assumir um cargo superior, mas com o efeito colateral de ter menos tempo para a família. Ela diz “sim”, um exemplo de mulher do reaganismo, livre para a escalada capitalista na busca pela primeira posição. Na livre concorrência, Alice quer ganhar, não gosta de perder; um jeito que lhe custaria caro

O marido sai de casa, deixa um recado na secretaria pedindo um tempo. Alice leva um gol, que atinge o coração – a família fica desestruturada, como uma punição que põe em questão o lugar da mulher. Quem deveria ser? A mãe zelosa que espera o marido chegar a casa? A mulher que se afirma e cresce com escalada no emprego? Até que ponto; como arrumar tempo? Um momento pelo qual passa nossa sociedade. Pesquisa da consultoria Sophia Mind mostra que 32 % (cerca de um terço) das brasileiras têm jornada de trabalho maior que a dos seus maridos; cada vez mais têm menos filhos (1,94 por mulher, abaixo da taxa de reposição, segundo o IBGE). O ganho delas representa 40% do rendimento familiar, apesar de ganharem menos que os homens ainda; 70%

Alice vive uma transição. Para variar, é demitida após uma gafe no trabalho. Durante reunião, a marketeira retira de uma caixa peças de sex shop, o que deixa os componentes da mesa consternados. O material era na verdade para a vizinha dela, indo parar em suas mãos por uma troca acidental da encomenda que chegara ao prédio onde vivia. O imprevisto havia afetado Alice, que tinha tudo como certo, medido em resultados, estando pelo alto. Ela vai tirar satisfação então com a dona dos produtos eróticos, insultando-a, classificando como baixa. Marcela, dona da sex shop, é vivida por Maria Paula – atriz do Casseta e Planeta (programa humorístico da Rede Globo conhecido pela sátira), que chama Alice de mal amada. É o fundo do poço

Alice vai para casa e se recolhe. A televisão assistida demonstra isso; o isolamento, sem apego, ponto que o modo concorrencial buscando auto-afirmação a levou. A nova mulher, moderna, desgarrada, que não olha para a família, zappiava – passava os canais depressa, nada a satisfazia por completo. Buscando degrau a degrau, sem paradas, acabou não dando atenção ao amor; ao marido. Ficou assim descontrolada, por não saber o limite. Foi um alerta no filme

Do caos à redenção

Enquanto assistia à televisão, trocando de canais com rapidez, um deles, religioso, intrigou Alice. O pastor gritava aleluia – de uma maneira tão exacerbada que me lembra claramente dos risos altos ouvidos na platéia do cinema. A fala do pastor era incisiva com expressões faciais excêntricas, em interação com as reações de Alice, arrancando humor pelo exagero. Foi uma paródia clara aos programas de igrejas neopentecostais como “Igreja da Graça”; “Universal do Reino de Deus”; apesar de não haver nenhuma menção às instituições. Aqui se pode discutir o nivelamento de religiosidades, influenciando o público a ter uma preconceituação pouco respeitosa

Após ouvir o Aleluia, Alice vai à Marcela pedir desculpas. Aqui é possível um debate acerca da intolerância e seus limites, com um questionamento à Igreja Católica. O Aleluia pode ser ouvido em missas, como uma elevação espiritual, estar mais perto de Jesus, à direita de Deus Pai. Uma das mensagens cristãs é amar ao próximo, estando de acordo com Alice se redimir ante a dona de sexy shop – que tem homossexuais trabalhando – amando-a sem discriminação. Porém, a própria Igreja condena o homossexualismo, o envolvimento por prazer efêmero, ainda mais com utensílios sexuais. Cabe indagar até que ponto os dogmas podem contradizer as próprias pregações católicas. Essa redefinição de limites é sentida também por Alice, conduzida ao prazer por Marcela

Alice retorna ao sensual depois de todos os passos que construiu ficarem abalados tanto em família como no emprego. Guiada pela vizinha dona de sexy shop, busca um coelho para se masturbar. Olha para o bicho de pelúcia, mas não consegue prosseguir. É bloqueada pelo filho, que entra no quarto. A criança, esperança de que lhe resta ainda família, é base para reconstrução. Tudo pode vir abaixo, ao carnal, menos o menino puro, momento em que a mãe esconde o coelho debaixo do travesseiro. A moral é a proibição do envolvimento do jovem com sexo. Ele não pode tomar contato com a masturbação da mãe; momento de choque analisado por Freud ao qual chamava de imagem paleossimbólica, que mexe com o inconsciente – esse foi um momento de tensão no cinema

A única vez que Alice se masturba com o coelho foi depois de ir para uma festa à noite e se drogar. Em sã consciência ela não o faria. Pelo contrário, a marketeira não se entrega ao prazer no filme, mas o gere. Domina, mede e vende. Expande e ganha com o negócio de Marcela, atuando via Internet (uma chamada de atenção no filme para novas ferramentas de comunicação pela rede, e possíveis avanços em relação às mídias tradicionais de massa)

A combinação explosiva das sócias dá certo: mulher de negócios ligada à mulher erótica. Um ambiente criativo, medido, revolvido, reestabelecido, puxando o público. São outros ares, pouco conhecidos, como uma calcinha que treme com o barulho. Marketing foi representado no filme: mercado em movimento

Volta ao equilíbrio

Alice sempre curtiu escalar e obter sucesso. Por isso não podia aceitar perder o marido. Durante o filme, ela luta por ele. Quando soube que João (Bruno Garcia) estava no flat com uma possível “outra” mulher, a obstinada vai atrás. Porém, a relação só é restabelecida quando ele a chama para uma conversa num apartamento da Zona Sul. Alice cede

Os dois voltam a ficar juntos, com o marido determinando qual era a hora da discussão de relacionamento. É João que diz: “vem”; e ela vai. Ao aparente mostrar da mulher executiva e independente, o filme contrapõe a esposa dominada pelo homem. O conservadorismo fica evidente na conversa de João com o sogro (um idoso), que diz: “Se a mulher planta o amendoim, o homem vem com a paçoca”. Ele deve ser mais completo, à frente dela. Ainda assim o filme deixa a brecha para desconstrução desse olhar. Alice continuou trabalhando com sexy shop sem que João soubesse (nesse ponto ela estava mais à frente). O marido descobre durante um evento erótico promovido pela loja. O momento é o mesmo em que o sogro quebra a cara e se depara com a esposa (mãe de Alice), na festa, montando num pênis gigante de brinquedo. Ela, uma idosa, passou a trabalhar com a filha, em mais um sintoma de liberalismo (inclusive na abertura de postos de trabalho aos mais velhos que tendem a crescer na pirâmide etária brasileira)

A descoberta do marido é um momento de revelação no filme. Em seguida uma chuva cai do lado de fora, com trovões. Esses símbolos são remetidos a um orixá da umbanda, chamado Xangô. Reza o mito de que a entidade governava o reino oyô e subia numa pedreira, donde batia com seu machado (oxe) desfilando raios sobre os impostores, fazendo reinar a justiça. A chuva é relacionada a Iasã. Orixá da transição, é o momento de ligação de entre a terra e o céu. A mensagem: de nada vale a mentira. Em seguida João deixa mais uma vez Alice

A personagem vivida por Ingrid Guimarães prossegue com o negócio de sexy shop, mas angustiada, com a família desfalcada pela segunda vez. Alice recebe um prêmio de marketing, mas ouve outro contemplado dividindo a homenagem com quem ama; enquanto ela não tinha o marido. A foto da família é observada num porta-retrato; enquadramento perfeito, modelo que havia perdido. A salvação está no filho (ao qual não foi permitido o acesso a ver a mãe se masturbando), que fez uma artimanha antes de partir com o pai para uma viagem de barco (Alice havia arrumado a mochila direitinho dele, o que mostra a tomada de atitude para a mãe zelosa)

O anjinho puro deixou um desenho para a mãe, no qual aparecia João com uma mulher chamada Sheila. Uma travessura, própria do curumim, anjo contraditório que flecha, atinge, mas por amor. Sheila na verdade era uma empregada do barco, sem envolvimento com João. Mas Alice cai na cilada, não suporta ter perdido até o filho para uma viagem com outra mulher, além do marido. Alice se joga no mar; em seguida, encontra-os

O final do filme caminha para uma mulher bem sucedida (os toques da sócia pelo telefone avisando o sucesso nos negócios da Sex Delícia são análogos aos sinos do topo das Igrejas; Alice está em ascensão). Porém, a auto-afirmação não significa se desfazer das ligações com o próximo, a começar pelo amor à família (Alice joga o celular no mar, quando está com o marido e o filho no final selando a união). Entretanto, a última imagem de Alice no longa aparece em seguida, à noite, quando fala ao telefone com a sócia para saber o motivo da chamada que não pôde atender antes, por ter jogado o móvel na água do mar. A esposa não poderia ver a noite sem deixar de buscar o seu lugar ao sol e saber dos resultados das vendas

Alice é contraditória. Não dá para saber se ver a Sheila no desenho feito pelo filho causou mais repulsa por o perder para outra; justamente perder o menino, símbolo da união com o marido e último rescaldo da família. Ou então se Sheila causa um incômodo ao jeito competidor de Alice, que teria disputado o marido mais uma vez. Talvez esse seja um retrato da mulher hoje em dia; zelosa e firme com a família, porém obstinada em pular para atingir objetivos que tenham a ver com sua afirmação

Conclusão

“De pernas pro ar” acaba por atuar na fronteira entre a conservação e liberação; justamente aí onde atua o humor. Os efeitos são muitos no filme, que não implica necessariamente sentido perfeito. A discussão, acerca do encaminhamento dos personagens e seus tipos sociais, pode ficar em suspenso. Ouvia muitos risos na platéia do cinema; ao final, todos saíam ao som de um funk durante os créditos. Relatos de pessoas avaliando a possibilidade de abrir uma sexy shop; ouvi gente discutindo ainda se era para levar criança ou não para ver a comédia. Até que ponto a classificação deveria ir?

De pernas pro ar. Direção de Roberto Santucci. Roteiro de Marcelo Saback, Paulo Cursino. Com Ingrid Guimarães, Bruno Garcia, Maria Paula, Denise Weinberg, Flavia Alessandra, Antonio Pedro, Marcos Pasquim, Cristina Pereira. Paris Filmes, 14 anos

10 anos sem o fabuloso Anthony Quinn

bela atuação em o Segredo de Santa Vitoria, de 1969

Audioativo.com rende homenagem a um dos maiores atores de cinema, o mexicano naturalizado americano A nthony Quinn. Falecido em 2001, colecionou ao longo da carreira vários prêmios, incluindo dois Óscares. Foi boxeador e pintor, antes de começar a atuar. Foi ainda diretor, escritor e produtor, levando essa multiplicidade de habilidades também para as telas, sendo considerado extremamente versátil.  Notabilizou-se pelas obras cinematográficas: “Viva Zapata”, “Sede de Viver”, “Lawrence da Arábia”, “Zorba o Grego”, “Sangue e Areia”, “Os canhões de Navarone” e “A vigésima quinta hora”.  Para saber mais acesse: http://www.anthonyquinn.com/. A fundação, que leva seu nome, distribui bolsas para educação artística no mundo todo, no campo das artes plásticas, design, fotografia e literatura.

Especial Paralamas do Sucesso

A história de uma grande banda costuma ter o espírito de sua própria época. Ao mesmo tempo em que torna palpável algo que parecia estar no ar, também nos ajuda a ter mais clareza do que estava escondido nas entrelinhas do cotidiano. Se os meninos que começaram a fazer rock no Brasil na década de 80 tiveram o mérito de ser reconhecidos como uma geração relevante da música brasileira, os Paralamas do Sucesso têm um crédito nisso aí. “Vamo batê lata” também ouvindo uma das grandes expressões do rock nacional. Curtam bastante!

Vitrola 2.0 – Paralamas

Locução, Produção e Roteiro: Angelica Bastos, Felipe Monteiro e Bruna Vasconcellos. Edição de Áudio: Sergio Muniz. Coordenação Geral: prof. Gabriel Collares Barbosa.